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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Os riscos das chupetas e mamadeiras

Uso de mamadeira

Água, chás e principalmente outros leites devem ser evitados, pois há evidências de que o seu uso está associado com desmame precoce e aumento da morbimortalidade infantil. A mamadeira, além de ser uma importante fonte de contaminação, pode influenciar negativamente a amamentação. Observa-se que algumas crianças, depois de experimentarem a mamadeira, passam a apresentar dificuldade quando vão mamar no peito. Alguns autores denominam essa dificuldade de “confusão de bicos”, gerada pela diferença marcante entre a maneira de sugar na mama e na mamadeira. Nesses casos, é comum o bebê começar a mamar no peito, porém, após alguns segundos, largar a mama e chorar.

Como o leite na mamadeira flui abundantemente desde a primeira sucção, a criança pode estranhar a demora de um fluxo maior de leite no peito no início da mamada, pois o reflexo de ejeção do leite leva aproximadamente um minuto para ser desencadeado e algumas crianças podem não tolerar essa espera. Não restam mais dúvidas de que a suplementação do leite materno com água ou chás nos primeiros seis meses é desnecessária, mesmo em locais secos e quentes (ASHRAF et al., 1993). Mesmo ingerindo pouco colostro nos primeiros dois a três dias de vida, recém-nascidos normais não necessitam de líquidos adicionais além do leite materno, pois nascem com níveis de hidratação tecidual relativamente altos.

Uso de chupeta

Atualmente, a chupeta tem sido desaconselhada pela possibilidade de interferir negativamente na duração do aleitamento materno, entre outros motivos. Crianças que chupam chupetas, em geral, são amamentadas com menos freqüência, o que pode comprometer a produção de leite. Embora não haja dúvidas de que o desmame precoce ocorre com mais freqüência entre as crianças que usam chupeta, ainda não são totalmente conhecidos os mecanismos envolvidos nessa associação. É possível que o uso da chupeta seja um sinal de que a mãe está tendo dificuldades na amamentação ou de que tem menor disponibilidade para amamentar (VICTORA et al., 1997). Além de interferir no aleitamento materno, o uso de chupeta está associado a uma maior ocorrência de candidíase oral (sapinho), de otite média e de alterações do palato.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Rio, entre os finalistas do Prêmio Bíbi Vogel (Ministério da Saúde, 2011)


O município do Rio de Janeiro está entre os finalistas que almejam
o Prêmio Bíbi Vogel, promovido pelo Ministério da Saúde. Esse prêmio, que está na sua 3ª Edição, destina-se a reconhecer as ações desenvolvidas de
promoção, proteção e apoio à amamentação.

O prêmio, instituído pela portaria nº 1907/GM de 13/09/2004,
recebeu o nome da brasileira Sylvia Dulce Kleiner, mais conhecida como
Bíbi Vogel, por sua dedicação e militância em causas humanitárias.

A partir de sua maternidade, Bíbi Vogel dedicou-se especialmente a
promoção e a defesa do direito à amamentação, tendo sido uma das fundadoras do grupo Amigas do Peito, em 1980.

Conheça mais sobre a biografia dessa mulher notável no blog das Amigas do Peito: http://amigasdopeito.wordpress.com/bibibiografia/

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Manejo da Amamentação

O acompanhamento da amamentação precisa ser realizado em momentos-chave, como: a Visita Domiciliar na Primeira Semana de Vida e o Acolhimento Mãe-bebê na unidade de saúde. Essas ações devem acontecer justamente quando ha grandes probabilidades da mãe estar ansiosa, com duvidas e dificuldades para amamentar. Atenção à apojadura, quando as mamas costumam ficar cheias, doloridas e com maior risco de fissuras mamilares. Esses encontros favorecem o vínculo da família com a unidade de saúde. Lembrar que deve ficar muito claro a disponibilidade de busca da unidade em qualquer situação de dúvidas e/ou dificuldades no cuidado do bebê ou da própria mãe. Outros momentos-chave são as consultas de acompanhamento do crescimento e desenvolvimento e a volta ao trabalho materno. A seguir, serão apontados aspectos importantes para o estabelecimento da amamentação com sucesso.

O que observar durante a mamada:
· cabeça e o corpo do bebê devem estar alinhados;
· sua boca deve estar no mesmo plano e em frente da aréola para que esta seja abocanhada corretamente;
· o corpo do bebê deve estar próximo e voltado para mãe;
· o queixo do bebê deve estar encostado no peito da mãe;
· se o bebê for recém-nascido, deve-se apoiar suas nádegas.
· cada bebê tem um ritmo para mamar. Deixe que ele fique satisfeito e esvazie bem uma mama antes de oferecer a outra. Lembre-se da maior quantidade de gordura do leite do fim da mamada, que mata a fome e faz com que a criança ganhe mais peso;
· para terminar uma mamada, oriente a mãe a introduzir o dedo mínimo no canto da boca do bebê até que esse largue o peito sem machuca-lo.

Boa Pega
· o queixo do bebê toca a mama;
· boca bem aberta;
· lábio inferior virado para fora;
· bochechas arredondadas (não encovadas) ou achatadas contra a mama;
· durante a mamada vê-se pouca aréola, mais a porção da aréola superior do que a inferior;
· mama parece arredondada, não repuxada;
· sucções lentas e profundas: o bebe suga, da uma pausa e suga novamente (sucção, deglutição e respiração);
· a mãe pode ouvir o bebê deglutindo.

sábado, 20 de agosto de 2011

A Primeira Infância

A primeira infância é a base para todas as aprendizagens humanas. Estudos demonstram que a qualidade de vida de uma criança entre o nascimento e os seis anos de idade pode determinar as contribuições que ela trará à sociedade quando adulta. Se este período incluir suporte para o crescimento cognitivo, desenvolvimento da linguagem, habilidades motoras, adaptativas e aspectos sócio-emocionais, a criança terá uma vida escolar bem-sucedida e relações sociais fortalecidas.

Aliado à boa alimentação, o estímulo adequado às crianças de até 6 anos gera benefícios que vão desde o aumento de aptidão intelectual (que qualifica o acompanhamento escolar e diminui os índices de repetência e de evasão escolar) até a formação de adultos preparados para aprender a lidar com os desafios do cotidiano. Neste sentido, a educação infantil tem papel primordial. A primeira etapa da educação básica complementa a ação da família no desenvolvimento físico, psicológico, intelectual e social. Oferecida em creches ou entidades equivalentes para crianças de até 3 anos de idade e em pré-escolas para crianças de 4 e 5 anos, a atividade exige atenção especial.

Estudos demonstram que é durante a primeira infância que o cérebro humano desenvolve a maioria das ligações entre os neurônios. Até os 3 anos de idade, as cerca de 100 bilhões de células cerebrais com as quais uma criança nasce desenvolvem 1 quatrilhão de ligações. O número é o dobro de conexões que um adulto possui. Aos 4 anos, estima-se que a criança tenha atingido metade do seu potencial intelectual.


Fonte:http://www.institutocamargocorrea.org.br/infancia/Paginas/infancia.aspx

segunda-feira, 25 de julho de 2011

O Papel do Profissional de Saúde

Os profissionais de saúde aprendem a identificar e resolver problemas. Contudo, para que essa ajuda seja efetiva não basta dar informação. Também é necessário auxiliar a identificação da origem dos problemas, sugerindo possíveis caminhos. Para isto, é importante não só o que se diz, mas a forma como se diz.

Aconselhamento da Amamentação no Pré-natal:
O formulário de História da Amamentação pode auxiliar a abordagem na consulta individual e na visita domiciliar:
1. Saúde materna.
2. Alergias maternas e familiares.
3. Mamas e mamilos, cirurgias e doenças.
4. Historia prévia de amamentação.
5. Gravidez atual (conhecimentos e preocupações da mãe, planos para utilização de leites artificiais).

Temas a serem abordados na consulta individual/visita domiciliar ou grupos:
· Discussão sobre preocupações, duvidas e expectativas sobre o aleitamento materno e a maternidade;
· Valorização do alojamento conjunto;
· Importância da amamentação na sala de parto e nas primeiras horas apos o parto para o estabelecimento de um aleitamento materno com sucesso;
· Abordagem das técnicas de posição da mãe e do bebe, pega da aréola, massagem e expressão manual das mamas; amamentação sob livre demanda e alternância das mamas.

Cuidados com as mamas e os mamilos:
· E recomendado banho de sol, sem soutien, sempre que possível, por aproximadamente 10 minutos diários ate as 9 h ou apos as 16h. Como alternativa pode-se utilizar banho de luz com lâmpada de 40w, a 50 cm de distancia da mama.
· Não são recomendadas massagens com cremes, fricções ou expressão de colostro.
· Deve ser aconselhada a lavagem das mamas com água sem sabão (para não remover os óleos naturais da sua pele) durante a higiene diária.
· E favorável a utilização de um soltem confortável, não apertado, de preferência de tecido de algodão.
· Não se recomenda manobras para mamilos rasos ou invertidos durante essa fase. Este tipo de prática e ineficaz ou até associada a um impacto negativo na amamentação.
· Implantes de silicone ou redução mamária quase sempre não impedem ou interferem na amamentação.

Manejo da Amamentação:
O acompanhamento da amamentação precisa ser realizado em momentos-chave, como: a Visita Domiciliar na Primeira Semana de Vida e o Acolhimento Mãe-bebê na unidade de saúde. Essas ações devem acontecer justamente quando há grandes probabilidades da mãe estar ansiosa, com dúvidas e dificuldades para amamentar. Atenção à apojadura, quando as mamas costumam ficar cheias, doloridas e com maior risco de fissuras mamilares. Esses encontros favorecem o vínculo da família com a unidade de saúde. Lembrar que deve ficar muito claro a disponibilidade de busca da unidade em qualquer situação de dúvidas e/ou dificuldades no cuidado do bebê ou da própria mãe.


Fonte: "Saúde da Criança na Atenção Primária", Equipe da Gerência de Programas de Saúde da Criança da SMSDC-RJ

segunda-feira, 6 de junho de 2011

10 Passos para uma Alimentação Saudável

DEZ PASSOS PARA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL DE CRIANÇAS MENORES DE 2 ANOS
(Ministério da Saúde, 2010)

PASSO 1: Dar somente leite materno até os 6 meses, sem oferecer água, chás ou quaisquer outros alimentos.

PASSO 2: A partir dos 6 meses oferecer, de forma lenta e gradual, outros alimentos, mantendo o leite materno até os 2 anos ou mais.

PASSO 3: A partir dos 6 meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas e legumes) no mínimo duas vezes ao dia e a partir dos 9 meses no mínimo três vezes ao dia.

PASSO 4: A alimentação complementar deve ser oferecida em intervalos regulares e de forma a respeitar o apetite da criança. Não oferecer sucos ou alimentos nos intervalos das refeições.

PASSO 5: A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher; começar com consistência pastosa (papas /purês) e, aos poucos, aumentar a sua consistência até chegar à alimentação da família. Amassar os alimentos com o garfo, não passar na peneira nem usar o liquidificador. Cortar as carnes bem picadinhas ou oferecer moída.

PASSO 6: Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia: grãos (cereais e feijões), carnes, frutas e legumes. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida. Oferecer água nos intervalos das refeições.

PASSO 7: Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições. Os alimentos da região e da época são uma boa escolha.

PASSO 8: Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, biscoitos, salgadinhos e outras guloseimas nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação.

PASSO 9: Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir armazenamento e
conservação adequados. Lavar as mãos antes de preparar a refeição e de alimentar a criança. Não oferecer restos da refeição anterior. Não deixar os alimentos descobertos.

PASSO 10: Estimular a criança doente e convalescente a se alimen tar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação. A criança doente tem menos apetite e pode perder peso. Na convalescença o apetite está aumentado, o que ajuda na recuperação do peso.

Para maiores informações, procure o Guia Alimentar para Crianças Menores de 2 Anos no
site: www.saude.gov.br/alimentacao